sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nobel de Literatura vai para Le Clézio, um francês ecológico


O Nobel de Literatura Foi para o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, de 68 anos. Pouco conhecido no Brasil, é um dos escritores mais traduzidos de seu país. É, também, o décimo quarto autor da França a receber o prêmio, com as ressalvas de que Gao Xingjian (2000) tem origem chinesa, Albert Camus (1957), argelina, e que Jean-Paul Sartre recusou o galardão em 1964. Além de voltar as costas, mais uma vez, à lista de favoritos, a distinção a Le Clézio marca a tendência do Nobel a escolher, nos últimos anos, autores europeus.
O reconhecimento internacional do escritor francês começou em 1980, com o romance Désert, que ganhou prêmio da Academia Francesa. A obra descreve as agruras de uma mulher nascida no Saara tentando adaptar-se à imposição da colonização francesa no começo do século 20. O comitê sueco declarou que Le Clézio foi escolhido por buscar a “aventura poética e o êxtase sensual, por explorar a humanidade além e abaixo da civilização reinante”. Entre seus temas mais freqüentes estão histórias de aventuras baseadas em sua experiência em viagens por desertos (uma de suas predileções), cenários africanos e americanos. A academia também distingue sua “sensibilidade ecológica”.

Livros de Jean-Marie Gustave Le Clézio lançados no Brasil
A Quarentena
O Africano
O Peixe Dourado

Fonte: Jornal Correio Popular

O antigo presidente finlandês Martti Ahtisaari foi o laureado com o Prémio Nobel da Paz de 2008 premiando as suas numerosas mediações de paz em vários pontos do globo nos últimos 30 anos.

Martti Ahtisaari nasceu em Viipuri, atualmente Viborg, na Rússia, em 23 de Junho de 1937 quando o seu pai, Oiva Ahtissari aí prestava serviço militar. O avô de Oiva tinha imigrado da Noruega para a Finlândia nacionalizou-se finlandês em 1929 mudando o seu apelido para Adolfsen in 1935.

A Guerra entre a Rússia e a Finlândia apanhou o pai de Martti como mecânico nas forças armadas e a sua mãe Tyyne mudou-se para Kuopio com o seu filho para fugir à guerra.

Foi em Kuopio que Martti Ahtissari passou grande parte da sua juventude e onde pela primeira vez frequentou a escola.

Depois acompanhou seu pai em várias mudanças ao longo da vida deste último, passando por Oulu, Carachi no Paquistão, e finalmente regressou a Helsínquia em 1963.

Uma série de sucessos e um desaire

Com 71 anos, Martti Ahtissari deu a volta ao planeta ao serviço da paz, nomeadamente liderando a Iniciativa de Gestão de Crises, uma Organização Não Governamental (ONG) fundada no ano de 2000.

Um dos seus grandes sucessos foi o acordo de paz assinado no ano de 2005 entre o Governo indonésio e os ex-rebeldes independentistas do ACEH livre (GAM), conseguindo pôr fim a um conflito que fez perto de 15 mil mortos desde 1976.

O acordo levou à deposição das armas pelo GAM e à retirada do grosso das tropas governamentais que estavam estacionadas na província indonésia.

A sua acção estendeu-se por áreas tão diversas como o Médio Oriente, o Cáucaso, o Iraque, o Afeganistão, o Sri Lanka ou a Birmânia.

Na sua longa carreira recheada de sucessos, Ahtisaari teve, no entanto, um importante revés. Os seus esforços de mediação para resolver o conflito no Kosovo falharam rotundamente.


O Kosovo

Enviado especial da ONU tentou entre Novembro de 2005 e Março de 2007 pôr fim ao conflito que se desenrolava no Kosovo.

Esta região povoada por uma maioria albanesa, declarou unilateralmente a independência da Sérvia em 17 de Fevereiro deste ano.

Cerca de 50 países reconheceram já o novo Estado, entre os quais vários da União Europeia – Portugal anunciou esta quarta-feira a intenção do Governo português reconhecer o novo estado –, mas nem a Sérvia nem a Rússia o fizeram ainda.


Uma longa e preenchida carreira

Para além do acordo no Aceh, o laureado com o prémio Nobel da Paz é reconhecido por uma longa carreira.

Professor de formação, foi Presidente da República da Finlândia no período compreendido entre 1994 e 2000.

No campo das mediações, Ahtisaari teve em 1990 um papel determinante no processo de transição pacífica para a independência da Namíbia.

Anos mais tarde, desempenha uma acção fundamental no processo que conduziu ao cessar dos bombardeamentos da Nato contra a Jugoslávia de Slobodan Milosevic, que actualmente responde perante o Tribunal Penal Internacional.


2 comentários:

Ricardo Soares disse...

Le Clezio foi publicado nos anos 80 no Brasil pela então moderníssima editora Brasiliense... não sei se o prêmio é justo mas também quem sou eu pra julgar ??? beijo e obrigado pela visita... apareça sempre

Simône Silva disse...

olá querida.. de uma passadinha no meu blog.... depois volto aqui para ler sua postagem a temos que trocarmos email assim nos falaremos semmpre beijos