sexta-feira, 30 de julho de 2010

Descontaminação de Lâmpadas



Naturalis Brasil:
Rua Alípio Simões nº 165A Distrito Industrial - Jardim Santa Júlia - Itupeva/SP
Fone: (11) 4496-6323
www.naturalisbrasil.com.br


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Campinas é 6º maior gerador de lixo

Reportagem do Jornal Correio Popular
No Sudeste, município só fica atrás de Rio, Nova Iguaçu, São Paulo, Belo Horizonte e Santo André

A produção per capita de lixo em Campinas aumentou 50% nos últimos dois anos e já coloca a cidade como a sexta maior produtora de lixo por pessoa da região Sudeste. Um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) listou as cidades com mais de 500 mil habitantes em todo o País e mostra que o Brasil produziu 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2009 — do total, 410 mil toneladas foram em Campinas. Em 2007, a produção de lixo por pessoa na cidade era de 0,69 kg/habitante/dia na cidade, saltando para 1,064 no ano passado. O município só perde para as cidades do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu (RJ), São Paulo, Belo Horizonte e Santo André (SP). A alta taxa de crescimento na produção de resíduos em Campinas já preocupa especialistas e levanta dúvidas quanto a capacidade do município de lidar com o problema. O diretor-executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, se surpreendeu com os números apresentados pela cidade e afirmou que o município precisa criar mecanismos que contenham a geração de detritos sólidos. Silva Filho afirma que o estudo detectou uma mudança no perfil dos produtos consumidos pelo brasileiro, tendo aumentado bastante o volume de itens descartáveis. Segundo ele, campanhas de conscientização e estímulos à indústria e comércio, para que fabriquem produtos que gerem menos resíduos, é um dos caminhos que Campinas pode seguir. “Esse incremento tem relação com o aumento do poder aquisitivo e o consequente crescimento de consumo pela população. Os municípios precisam aplicar políticas mais abrangentes quanto ao destino a ser dado ao lixo, para não enfrentarem transtornos futuros”, disse. O atual aterro sanitário de Campinas, o Delta A, possui prazo de utilização somente até o final de 2011 e a Prefeitura tenta regularizar a implementação do novo aterro, o Delta B, em uma área de 395 mil m² no Satélite Íris até o final deste ano. A autorização para a implantação do novo aterro ainda depende da aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) coordenado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Segundo o diretor do Departamento de Limpeza Urbana (DLU) de Campinas, Marcelo Cominato, o crescimento de 50% na produção de lixo nos dois últimos anos não gera riscos de insuficiência de espaço para o despejo de resíduos no município, e que o crescimento na produção de lixo será combatido com mais ações na área de reciclagem. O prazo de vida útil do Delta B está previsto até 2030.Cominato afirma que o aumento na produção do lixo na cidade está ligado ao aquecimento da economia e que um levantamento realizado pelo órgão mostrou que, em virtude da melhor distribuição de renda, foi entre as classes C, D e E que se registrou o crescimento mais acentuado na produção de resíduos. Segundo ele, 10% de todo o lixo reciclável em Campinas é destinado às usinas de processamento e os caminhões de coleta seletiva alcançam 70% do município. Cominato afirma que os números não são maiores porque apenas uma pequena parte da população está habituada a separar o lixo doméstico.ReciclagemCom o objetivo de dar destino adequado à produção de lixo no País, o Senado aprovou recentemente um projeto de lei que já se arrastava no Congresso havia 21 anos. O texto estabelece metas e programas para a reciclagem de lixo e obriga fabricantes importadores, distribuidores e comerciantes de produtos eletrônicos a serem os responsáveis pela destinação dos materiais, além de proibir que União, estados e municípios lancem resíduos sólidos a céu aberto, os lixões.A presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), Adriana Flosi, disse que a entidade já tem feito contatos com o DLU para resolver como ficará a distribuição dos postos de coleta na cidade. Ela aprova a nova regra.Especialistas discutem situação dos resíduos na cidadeAmbientalistas comemoraram a aprovação da lei pelo Senado, mas acreditam que, se os municípios não investirem em educação ambiental e fiscalização, a legislação poderá correr o risco de não ser implementada. Essa é a opinião da engenheira agrônoma do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Dionete Santin. Segundo ela, leis mais restritivas trazem benefícios coercitivos, avançando no combate a práticas de crimes ambientais, mas a população também precisa participar desse processo. “Essas inovações jurídicas ajudam a coibir e regularizar situações já existentes, mas é preciso que haja um despertar de consciência ecológica nos cidadãos”, disse. O ambientalista Henrique Padovani concorda com Dionete e diz que a situação de aumento no volume da produção de lixo acontece em toda a região de Campinas. “É preciso investir em políticas de reciclagem de lixo, em melhorias nos aterros e conscientização de consumo pela população. Se os cidadãos não participarem ativamente do processo, a lei não será aplicada”, afirmou. O secretário municipal do Meio Ambiente, Paulo Sérgio Garcia de Oliveira, disse que a base de dados utilizada pela Abrelpe precisa ser “avaliada” e que o município tem trabalhado em campanhas de educação ambiental que procurem alertar a população sobre a necessidade de dar destino adequado ao lixo doméstico. Segundo o DLU, uma cartilha educativa em parceria com a Secretaria de Educação será distribuída nas escolas no próximo mês para incentivar as crianças e os pais a darem destino correto ao lixo. (HB/AAN)SAIBA MAISO relatório de 2007 da Abrelpe indicou que 3.593 municípios brasileiros (65%) adotavam naquele ano alguma prática relacionada à separação do lixo reciclável, da simples disponibilidade de pontos de entrega dos resíduos à instalação ou financiamento de usinas de reciclagem. Em 2009, conforme o panorama divulgado pela associação, a quantidade de cidades que incentivavam a coleta seletiva caiu para 3.152, ou 56,6% dos municípios brasileiros.

Henrique Beirangê
DA AGÊNCIA ANHANGUERA


domingo, 4 de julho de 2010

Petróleo


Os derivados de petróleo constituem parcela importante da geração de energia, em especial no setor de transportes. O refino de petróleo produz uma séria de insumos para a indústria química e petroquímica e diversos combustíveis líquidos: diesel, GLP, gasolina, querosene, óleo combustível e nafta.

No caso brasileiro, há importante participação do álcool (etanol), um combustível renovável obtido a partir da cana-de-açúcar como substituto da gasolina. Há esforços governamentais para promover a substituição de diesel por biodiesel, mas o custo dos óleos vegetais (que constituem 60% do custo de produção do biodiesel) é uma importante barreira à consecução desse objetivo.

Internacionalmente, a dependência por combustíveis derivados de petróleo é ainda maior, e existe uma tendência, com os recentes aumentos do barril de petróleo, a se viabilizarem alternativas que podem ser também de origem fóssil, tendo em vista as extensas reservas mundiais de carvão e gás natural. Outras alternativas são a energia nuclear e os combustíveis renováveis - que, para serem efetivamente sustentáveis, devem utilizar práticas ambientalmente corretas em todo o ciclo produtivo, evitando impactos negativos sobre a biodiversidade e problemas sociais advindos da concentração de terras e de renda.



Segundo o PNE 2030, em 2004 o setor de transportes era responsável por 61% da demanda nacional de combustíveis líquidos, e por 78% do consumo de diesel. O setor agropecuário responde por 14% da demanda de diesel. Somados, os dois setores consomem 92% da oferta nacional de diesel.

O óleo combustível é utilizado principalmente pelo setor industrial, em caldeiras - mas há alguma tendência à sua substituição, seja por gás natural ou por recursos renováveis como o bagaço, resíduo da agroindústria sucroalcooleira.

Entre as décadas de 1940 e 1970, a participação de lenha na matriz energética brasileira era considerável, mas se reduziu gradativamente com a expansão do uso do petróleo e da construção de grandes hidroelétricas.

Na década de 1970, o Brasil chegou a depender excessivamente de petróleo importado, pois nossas reservas provadas, em 1974, eram de apenas 0,75 bilhões de barris. Em 2004, esse número cresceu para 11,2 bilhões de barris, o que corresponde a 1% das reservas mundiais de óleo cru. Quase todo esse volume está localizado em campos off-shore, em áreas da Bacia de Campos (RJ) e do Espírito Santo. Prospecções recentes indicam também grandes reservas na Bacia de Santos, mas em profundidades que devem encarecer a futura exploração.

Quanto aos aspectos ambientais, é a participação do petróleo na geração de energia - seja para eletricidade ou para uso veicular - uma das principais responsáveis pelo efeito estufa, pela emissão de CO2 de origem fóssil, constituindo um impacto global que causa grande preocupação internacional. A substituição de combustíveis fósseis e reduções comprovadas de CO2 e de outros gases de efeito estufa permitem a obtenção de créditos de carbono pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no âmbito do Protocolo de Kyoto.

Outras medidas importantes são o aumento de eficiência dos motores e equipamentos, e principalmente o não-uso, onde investimentos e políticas públicas em transporte coletivo urbano permitiriam a redução do uso de transporte individual de passageiros.

Incentivos ao transporte ferroviário interestadual permitiriam reduzir a dependência excessiva do transporte de cargas em caminhões a diesel de consumo elevado, tendo em consideração a extensão territorial brasileira.